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Júlia Lopes de Almeida, uma mulher à frente do seu tempo

Escritora estava entre o grupo de escritores e intelectuais responsáveis pela criação da Academia Brasileira de Letras, mas teve o seu nome excluído da lista

Antena MEC

No AR em 12/11/2019 - 18:15

Carioca nascida em 1862 e filha de portugueses, a escritora, cronista e teatróloga Julia Lopes de Almeida mudou-se para Campinas, em São Paulo, quando ainda era criança.

Apaixonada pela leitura e pelos livros, começou a escrever os primeiros textos aos 19 anos de idade na Gazeta de Campinas . Nesta época, a literatura não era vista como uma atividade própria para as mulheres.

Julia também escreveu para o jornal carioca "O País" por mais de 30 anos. Nos jornais, a escritora destacava temas como a República, a Abolição da Escravatura e os direitos civis. 

Ao se mudar para Lisboa, capital de Portugal, em 1886, casa-se com o poeta Filinto de Almeida, diretor da Revista Semana Ilustrada, editada no Rio de Janeiro. 

A obra "Traços e Iluminuras" foi o primeiro dos seus dez romances, que incluem entre outros títulos textos como "Memórias de Marta", "A Intrusa" e "A Falência". 

Julia Lopes de Almeida foi determinada no ofício de escrever, em uma época em que o papel da mulher escritora era visto com muito preconceito.

A escritora estava na lista do grupo de intelectuais responsáveis pela criação da Academia Brasileira de Letras, mas de última hora, teve o nome excluído da lista, sendo substituída pelo marido, Filinto de Almeida,  porque os fundadores optaram por manter a Academia exclusivamente masculina, como uma maneira de seguir o modelo da Academia Francesa de Letras. 

Clique no player acima e conheça mais detalhes sobre a vida e a obra de Júlia Lopes de Almeida no quadro Momento Literário. O Antena Mec vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 18h. 

Criado em 12/11/2019 - 17:10

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