Filme "Vazante", de Daniela Thomas, discute escravidão e machismo

Estreia, nesta quinta-feira (9), o filme "Vazante", da diretora Daniela Thomas. A história se passa em 1821, em Minas Gerais. O filme retrata as mazelas do patriarcalismo brasileiro, da escravidão, do casamento forçado, da mestiçagem fruto do assédio, da exploração sexual das negras e das hierarquias de poder.

Em entrevista ao Arte Clube, Daniela deu detalhes sobre o filme. "Meu pai contou uma história de um tataratio que teria se casado, quando ele tinha quase 50 anos, com uma menina de 12. E isso era normal, casava-se na igreja. Não era considerado anormal, como hoje em dia. Eu fiquei muito impressionada com essa história e quis fazer um filme que juntasse duas coisas que eu amo, que são o cinema e História", contou.

A diretora, cenógrafa e dramaturga ressaltou sua paixão pelo cinema. "Eu tentei contar uma história sobre a vida humana brasileira há 200 anos, com muita paixão. O filme é ideal para se ver na tela grande. Vale a pena ainda sair de casa para poder se encantar com a beleza de uma história contada por muita paixão por todos que fizeram e com a beleza extraordinária da beleza de Minas no cinema", afirmou.

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A estreante Jai Baptista venceu o prêmio de melhor atriz coadjuvante no Festival de Brasília e o filme ainda levou a estatueta de melhor direção de arte. "Vazante" também foi exibido nos festivais de Berlim e do Rio e estreia nos cinema de todo o Brasil, na próxima quinta-feira (09).

O Arte Clube vai ao ar de segunda a sexta, de 12h às 14h, pela Rádio MEC AM 800 kHz e pelo site radios.ebc.com.br/mecamrio