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Bossamoderna destaca a Valsa europeia no Brasil

Repertório destaca composições de Vinicius de Moraes, Tom Jobim e Lenine

Bossamoderna

No AR em 10/09/2017 - 22:00

O Bossamoderna deste domingo (10) aborda a Valsa europeia, que já está aclimatada ao Brasil em seus vários formatos e dicções. No repertório, obras como “Valsa da Tunísia”, de Vinicius de Moraes e “O universo na cabeça do alfinete”, de Lenine. O programa conta também com composições de Edu Lobo e Chico Buarque, além de apresentar outros grandes nomes que fazem parte da música brasileira.

Esta edição começa com a refinada dupla Custódio Mesquita e Ewaldo Ruy, que João Gilberto revisitou a seu modo reformista: “A valsa de quem não tem amor”, lançada pelo cantor Nelson Gonçalves, em 1945.

O Bossamoderna destaca também uma composição instrumental e surpreendente. “Valsa da Tunísia”, de outra sumidade da bossa nova, Vinicius de Moraes, em faixa do disco “Vinicius Porteño – La Fusa”, que conta com apresentações do poeta, que também compunha músicas, na célebre boate de Buenos Aires, ao lado de Toquinho, Maria Creuza e Maria Bethânia, em 1971. Nesta edição apresentamos uma execução solitária de Toquinho.

Para completar a Santíssima Trindade da bossa, após abordarmos João Gilberto e Vinicius, Tom Jobim é regravado em sua valsa jazz “Chovendo na roseira” pela mato-grossense Vanessa da Mata, composição de Tom Jobim, de 1970, em faixa do disco “Vanessa da Mata canta Tom Jobim”, de 2013.

A paulistana Monica Salmaso escolheu como faixa principal de seu tributo à parceria dos compositores cariocas Guinga e Paulo César Pinheiro, a envolvente valsa “Corpo de baile”, faixa título do disco tributo de Monica Salmaso lançado em 2014. Dele, também é “Nonsense”, dos mesmos autores, perfumada pelo acordeon de Toninho Ferraguti, a valsa “Nonsense” soa francesa no sortilégio dos versos de Paulo Cesar Pinheiro para a música de Guinga, cantada por Mônica Salmaso.

Já a cantora e pesquisadora carioca formada em História e Canto Lírico, Lúcia Helena, junto com os irmãos músicos Alexandre e Marcelo Caldi, dedicou o CD “Ternária” ao gênero tema deste Bossamoderna. E demostra a “Valsa de apartamento”, de Marcelo Caldi, que canta com a solista, além de tocar piano e acordeon na faixa. Do mesmo repertório é a “Valsa vesperal”, de Luis Flavio Alcofra e Mauro Aguiar, com participação vocal de Mauro.

O pernambucano Lenine apresenta “O universo na cabeça do alfinete”, parceria com Lula Queiroga, em faixa do disco “Carbono”, de Lenine, de 2015. Já João Cavalcanti, filho de Lenine, compôs com o violonista e arranjador carioca Mario Adnet a “Valsa de baque virado”, em que o ritmo ternário é mesclado ao compasso pernambucano do maracatu. Mario e João duetam na faixa do disco de Mário de título sagaz, “Saudade maravilhosa”, de 2017.

Pai e filha, o violonista Arthur Nestrovski e a cantora Lívia Nestrovski embrenham-se em “Londrina”, nostálgica valsa do vanguardista Arrigo Barnabé, em faixa do disco da dupla “Pós você e eu”, de 2016.

O trombonista petropolitano Vittor Santos apresenta a sua “Valsa dos amigos”, acompanhado por Pedro Milman, piano, Fernando Clark, guitarra, Rômulo Gomes, baixo e Antonio Neves, bateria, faixa do disco “Convivências”, de Vittor Santos e grupo, gravado em 2014.

A clássica “Valsa brasileira”, de Edu Lobo e Chico Buarque é revisitada por Edu em seu recém lançado disco “Dos navegantes”, gravado com o soprista Mauro Senise e o violonista Romero Lubambo, todos cariocas. A obra foi composta para a trilha sonora da “Dança da meia lua”, para o balé do teatro Guaíra, de Curitiba, em 1988. O álbum “Dos navegantes” de 2017, tem também, da mesma dupla autoral, a “Valsa dos clowns”, com memorável solo do violonista Romero Lubambo. A obra foi escrita para a trilha de “O grande Circo Místico”, também do balé Guaíra, de 1983.

Cantora, compositora e pianista Cris Braun gravou ao lado do guitarrista e compositor Alex Moreira, “Valsa com o poeta“, que incorpora um terceiro parceiro, o rapper Gustavo Black Alien, que participa da faixa. A composição faz parte do disco “Nosso quintal”, de Cris Delano e Alex Moreira, gravado em 2012. O trio central do registro, tem ainda Jaques Morelenbaum, no violoncelo.

E esta edição valseira do Bossamoderna termina com um clássico atemporal, “Eu sonhei que tu estavas tão linda”, de Lamartine Babo e Francisco Mattoso, sucesso de Francisco Alves, de 1941, na revisita do bossa-novista, Sérgio Ricardo, em seu disco “Depois do amor”, de 1961.

Clique no player abaixo e ouça o Bossamoderna.

Bossamoderna vai ao ar todo domingo às 22h pelas Rádios MEC AM e FM com reprise toda quarta às 21h na MEC AM. Envie seus pedidos de músicas, participação ou informações da programação também pelo Whatsapp (21) 99710-0537.

 


 

Criado em 01/09/2017 - 11:18 - Episódio Valsa europeia

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