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Assentamento em Minas aposta no cultivo agroecológico coletivo

Agricultores do Assentamento Pastorinhas apostam na plantação sem uso de venenos para sustentar as várias famílias que vivem no local

Brasil Rural

No AR em 08/08/2018 - 09:31

O Brasil Rural desta quarta-feira (08) conversou com a agricultura Valéria Carneiro. Uma das líderes do Assentamento Pastorinhas, no interior de Brumadinho, em Minas Gerais, ela fala sobre o cultivo agroecológico de sementes sem uso de venenos.

De 152 hectares de fazenda, 142 são áreas remanescentes de mata Atlântica e 10 hectares são utilizados para gerar renda para 20 famílias assentadas. No local são realizados diversos cultivos, sempre sem utilização de venenos. A produção é vendida em feiras. Além disso, há a produção do banco de sementes crioulas. 

“ O assentamento é coletivo, ele não tem área individual. Então a gente tem grupos trabalhando e desenvolvendo as áreas e não tem cerca. A única coisa individualizada é a área de produção. A área é comum. Todo mundo pode comer de tudo que está plantado, onde se tem uma segurança alimentar", explica a agricultora.

 

Segundo a líder do assentamento, no local é feito um trabalho de cultivo com sementes próprias, que são armazenadas lá mesmo, de uma forma primitiva. Com isso, a comunidade tem a garantia de ter sempre o que plantar e não fica na dependência do mercado de sementes.

Valéria destaca ainda que para produzir em assentamentos é preciso ter perfil agrícola e gostar da terra, ou seja, tem que ser um agricultor, mas também é fundamental ter assistência técnica para conseguir uma boa produção para seu próprio sustento e para comercializar.  Ela também fala sobre a utilização de sementes crioulas, que possuem a carga genética da região e com isso são mais resistentes, alcançando maior produtividade mesmo sem uso de agrotóxicos.

Ouça a entrevista no player abaixo:

Brasil Rural vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 5h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional AM Rio; sábado, às 5h, pela Rádio Nacional do Alto Solimões e, às 7h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional da Amazônia.

 

Criado em 08/08/2018 - 09:39

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