O Caderno de Música deste sábado (01) segue falando sobre a música programática.
Apesar de ter existido em períodos anteriores, a música programática ganhou forças no período romântico e foi explorada por importantes compositores como Beethoven, Berlioz e Liszt. Nos últimos programas, foram abordados dois tipos de música programática: a sinfonia descritiva e o poema sinfônico. E agora o destaque será para a abertura de concerto e a música incidental.
A abertura de concerto é escrita em um único movimento para orquestra e, ao contrário de uma abertura de ópera, por exemplo, ela não introduz uma obra maior. Assim como a sinfonia descritiva e o poema sinfônico, ela também possui caráter descritivo e evoca um significado, uma mensagem ou um sentimento que vão além da música em si. Escreveram aberturas de concerto compositores de renome tais como Mendelssohn, Dvorák, Schumann e Tchaikovsky.
Uma espécie particular de música programática que se desenvolveu no século XX é a música incidental ou música de cena. Como o próprio nome sugere, a música incidental foi criada com o intuito de contribuir para a criação de uma atmosfera específica durante uma cena ou troca de cenários em um teatro.
Com o advento da sétima arte, a música incidental ganhou cada vez mais importância na construção dos enredos de filmes. Uma música em uma cena pode remeter a uma sensação de suspense, de alegria, ou pode até evocar uma situação ou personagens específicos. Muitos compositores se tornaram reconhecidos dentro do universo da música incidental para cinema, como John Williams, Henry Mancini, Enio Moricone, Hans Zimmer, Ernest Gold, e os brasileiros David Tygel, Tim Rescala, Felipe Radicetti e Heitor Pereira.
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O Caderno de Música vai ao ar neste sábado, às 11h45, na MEC FM.