Esclerose múltipla: o que é essa doença?

Neste domingo (30) foi lembrado o Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla.  Para falar sobre a doença, o Cotidiano conversou com a  neurologista da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), Liliane Russo. Ela explica que a doença ocorre apenas no cérebro e na medula espinhal, e por isso interefere na capacidade do sistema nervoso controlar funções como ver, caminhar, falar e outras atividades, não tem cura atualmente, mas tem algumas condutas terapêuticas que controlam a evolução da doença.

A neurologista conta que a esclerose múltipla é muito variável e imprevisível, tanto na gravidade de sua sintomanatologia como na apresentação da mesma. Ela acomete a membrana que envolve as fibras nervosas, chamada mielina, que protege a fibra e ao mesmo tempo acelera a velocidade de condução do estímulo nervoso e está presente em todo o sistema nervoso. Então, depedendo da localização e da gravidade dessa inflamação, nós podemos ter um leque de sintomas muito grande. Por isso a dificuldade para fechar o diagnóstico.

Em relação aos sintomas a neurologista cita os mais comuns que são perda da visão de um olho, visão dupla, desequilíbrio, dificuldade para controle de urina e fezes, adormecimentos, fadiga com sensação de perda de energia, paralisia em alguma parte do corpo.

Liliane Russo explica que normalmente a doença atinge pessoas jovens na faixa etária de 20 a 40 anos, principalmente mulheres. Numa frequência média de três mulheres, para cada homem. "Isso não significa que não pode pegar os extremos, pois hoje têm descritos crianças com a doença, e pessoas da terceira idade com a doença, mas o pico de incidência é entre 20 e 40 anos", esclarece.

Saiba mais sobre a Esclerose Múltipla, em especial os sintomas, nesta entrevista ao programa Cotidiano, com Luiz Inez Vilela, na Rádio Nacional de Brasília.