Médico recomenda cuidados especiais para os idosos no verão

Artemisa Azevedo conversou no programa Falando Francamente com o neurologista Dr. André Gustavo Lima, membro da Academia Brasileira de Neurologia, sobre os cuidados com a saúde dos idosos no verão.

Ouça a entrevista completa:

André ressaltou a condição de maior vulnerabilidade das pessoas idosas, o que aumenta os riscos da exposição ao calor. "O idoso sofre mais com as altas temperatura, até porque eles tem mecanismos de regulação são um pouco mais lentos", observa. "Ele sente mais essa questão do calor e como idoso bebe menos água  ele corre mais risco de desidratação e outras consequências."

Com a desidratação, explica o médico, o idoso começa a perder concentração de sais minerais, e pode ter inclusive alterações de comportamento. "Aquele idoso que era calmo fica agitado, ou então o contrário, aquele idoso que era agitado começa ficar mais calmo. Tudo isso pode ser sintoma da desidratação." Outro risco nesse período é o da hipertermia, que é o aumento da temperatura corporal devida ao calor externo.

O idoso pode ter, ainda, outros sintomas por causa da hipertermia e desidratação como dores ou cãibras. "Algumas vezes casos pode começar a desenvolver sintomas musculares como cãibras, a urina ficar concentrada, com aquele amarelo mais escuro, esse são alguns dos sinais de alerta", aponta Dr. André. 

"Os idosos que já tem alguma doença são ainda mais suscetíveis a complicações devido ao calor", ressalta. "Ainda mais o idoso que faz uso de muitos medicamentos para diabetes, para pressão alta. Isso tudo pode potencializar muito o efeito desses remédios e acontecer algum efeito deletério para essa pessoa."

Ele destaca que as principais medidas que devem ser tomadas para proteger os idosos nesse período é mantê-los em ambiente climatizado, bem hidratados e com a roupa adequada.