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Ornette Coleman: confira homenagem ao pioneiro do free jazz

Conheça o CD "Sound Museum" e mais sobre a vida do músico nesta terça

Nesta terça-feira (7) o Jazz Livre homenageia o compositor e músico norte-americano, Ornette Coleman que faleceu no último dia 11 de junho. Além do trabalho do compositor e músico, conheça mais sobre o CD "Sound Museum", lançado em 1996. No álbum, o próprio Ornette Coleman toca sax, violino e trompete; Geri Allen está ao piano; Charles Moffett, no baixo, e o filho de Ornette, Denardo Coleman, está na bateria.

 

Ornette Coleman nasceu no Texas em 9 de março de 1930 e faleceu em Nova York no dia 11 de junho de 2015, ele foi compositor e saxofonista, um dos grandes inventores do free jazz, uma vertente  mais experimental criada nos anos 60. No começo de sua estrada musical, tocava rhythm and blues" e bebop com sax-tenor.

 


Desde o início da carreira, a forma que Coleman tocava, era pouco ortodoxa. Ele se guiava mais pelo ouvido e a intuição, do que a harmonia e o temperamento musical tradicional, ou seja, era bem diferente de como os músicos do swing ou bebop tocavam, era uma música mais flutuante. Muitos músicos consideravam-no desafinado e, no início, Coleman tinha dificuldades em encontrar outros músicos que pensassem como ele.

 


Em 1958, Coleman realizou a sua primeira sessão de gravação em que foi registrado o disco "Something Else". Participaram deste trabalho, o trompetista Don Cherry, o baterista Billy Higgins, o baixista Don Payne e o pianista Walter Norris.


Ornette Coleman assinou um contrato com a gravadora Atlantic em 1959 e lançou o álbum "Tomorrow Is the Question!", com um quarteto que tinha o Shelly Manne na bateria e excluía o piano de sua formação. Coleman só voltaria a utilizar o piano em seus grupos na década de 1990. Neste mesmo ano de 1959, ele convidou o contrabaixista Charlie Haden para formar um conjunto com Don Cherry e Billy Higgins, e juntos gravaram o "The Shape of Jazz to Come" e este trabalho se tornou o marco da virada para o free jazz.

 

Em 1960, Coleman gravou "Free Jazz", onde apresentava um quarteto duplo, que tinha Don Cherry e Freddie Hubbard nos trompetes; Eric Dolphy no clarone; Charlie Haden e Scott LaFaro no contrabaixo e Billy Higgins ou Ed Blackwell na bateria. "Free Jazz" tinha quase 40 minutos e foi, até então, a maior gravação no cenário do jazz - e um dos trabalhos mais controversos de Ornette Coleman. Entre 1965 e 1967, Coleman assinou com o lendário selo "Blue Note" e gravou vários discos, começando pelo "At the Golden Circle Stockholm".

 

Na década de 70, Coleman começou a usar instrumentos elétricos. Discos como "Virgin Beauty" e "Of Human Feelings" usavam ritmos de rock e funk, por vezes chamado "free funk". Jerry Garcia do "Grateful Dead" tocou guitarra em três faixas do álbum "Virgin Beauty". Outra associação inesperada foi com o guitarrista Pat Metheny, com quem gravou o disco "Song X", em 1985. 

 

Em fevereiro de 2007, o músico ganhou um Grammy pelo conjunto da obra. Meses depois, faturou o Prêmio Pulitzer de música por seu álbum "Sound grammar", de 2006.



Criado em 06/07/2015 - 20:18 e atualizado em 06/07/2015 - 18:16

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