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Plantas alimentícias não convencionais são alternativa para alimentação saudável

Pancs nativas da Amazônia, como a vitória-régia e o jambu, ajudam a combater a monotonia alimentar

No AR em 16/05/2017 - 08:14

Você já pensou em comer vitória-régia? Ou umbigo de banana? Pois saiba que muitas plantas que descartamos no dia a dia e que consideramos apenas mato tem valor nutritivo e até gastronômico. Essas são as plantas alimentícias não convencionais, ou pancs. São pelo menos 10 mil espécies de plantas que além da rúcula, da alface e do tomate são boas para a saúde humana.

No Brasil, as Pancs já começaram a ser estudadas. E as pesquisas apontam que elas não só combatem a monotonia alimentar, mas também são motivadores econômicos de sustentabilidade. O professor e biólogo do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Amazonas Valdeli Kinupp é um desses estudiosos. Ele conta onde essas plantas podem ser encontradas:

"Essas plantas podem ser encontradas em qualquer lugar, elas são espontâneas. Uma parte das pancs, não são todas, nascem sozinhas. Então são ervas, arbustos, trepadeiras, cipós, árvores, palmeiras, que são autóctonas … e as pessoas chamam de mato."

A vitória-régia e o jambu são exemplos de pancs nativas da Amazônia. Enquanto o jambu, que na região já é vendido em larga escala e usado em pratos tradicionais, a vitória-régia ainda é desconhecida como alimento. Mas ela pode ser consumida sem restrições: o caule vira macarrão; as folhas, salada e as sementes viram pipoca. E tudo isso pode ser extraído sem matar a planta.

O professor Valdeli Kinupp considera que as pancs podem ajudar a manter os hábitos saudáveis e ajudar a sair da monotonia alimentar.

"Se você tá comendo batata, arroz, taioba todos os dias, você tá ingerindo os mesmos princípios ativos das plantas ... mas dependendo da dosagem das panc ou das convencionais isso pode vir a ser prejudicial, então o mais legal é você ter uma alimentação biodiversa. Você tem que comer o máximo de coisas, porque até tem planta que tem uma leve toxidez hoje, mas também tem compostos medicinais, nutracêuticos... é questão de custo-benefício.

A recomendação às pessoas que querem variar na alimentação é falar diretamente com os agricultores nas feiras para que tragam essa alternativa, ou, se você mora numa região rural, pode também observar quais plantas têm o potencial de deixar de ser mato e ir diretamente para o prato.

Também são destaques do Jornal da Amazônia 1ª Edição desta terça-feira (16):


- Ministério Público denuncia cinco pessoas por chacina em Mato Grosso
- Casos de dengue, febre chikungunya e zika vírus tiveram redução em Manaus

 

Ouça pelo player acima.

Criado em 16/05/2017 - 08:15