Mais cinco açõs foram protocoladas na Justiça contra o empresário Antônio José Junqueira Vilela Filho, acusado de ser o maior desmatador da Amazônia. O Ministério Público Federal (MPF) também acusa outras 23 pessoas de participação no grupo liderado por Junqueira. Entre eles, o cunhado e as duas irmãs.
Desta vez, as acusações são de crimes como provocar incêndios, impedir regeneração de florestas, corrupção ativa e passiva, sonegação de documentos, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro, invasão e desmate ilegal de terras públicas e falsidade ideológica.
De acordo com o MPF, além de denúncias criminais, o novo pacote de ações inclui ação por improbidade administrativa e ação para reparação de danos ambientais. O empresário já havia sido denunciado por falsidade ideológica, invasão e desmate ilegal de terras públicas, além dos crimes de submissão de trabalhadores a condições semelhantes as de escravos e frustração de direitos trabalhistas. Ele também é a pessoa que recebeu a maior multa aplicada a um só infrator ambiental: R$ 119,8 milhões.
O esquema foi desbaratado durante a Operação Rios Voadores. De acordo com o MPF, o grupo é responsável pelo desmatamento de 330 quilômetros quadrados de florestas em Altamira, no Pará. Uma área do tamanho de municípios como Fortaleza e Belo Horizonte. Ainda, segundo ao Ministério Público, o esquema movimentou quase R$ 2 bilhões e gerou prejuízo ambiental de mais de R$ 503 milhões.
Antônio José foi preso em julho deste ano, mas foi liberado em outubro, após conseguir habeas corpus. As penas somadas pelos crimes dos quais é acusado podem chegar a 238 anos de prisão.
Também são destaques do Jornal da Amazônia 1ª Edição desta sexta-feira (9): Brasil e Guiana Francesa debatem pauta transfronteiriça; Acre vai implantar programa para controle de agrotóxicos.
O Jornal da Amazônia 1ª Edição vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 7h45, na Rádio Nacional da Amazônia, uma emissora da Empresa Brasil de Comunicação.
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