Estiagem rigorosa castiga o estado do Amazonas

Moradores do Amazonas estão sofrendo as consequências da falta de chuvas. A estudante de enfermagem, Larissa Fernandes, foi para internet protestar contra as queimadas que atingem Manaus a cerca de um mês.

Segundo o superintendente do serviço geológico do Brasil em Manaus, Marco Antônio de Oliveira as queimadas na capital amazonense são resultado da baixa umidade na floresta: "a medida em que não chove a umidade fica muito baixa. O exemplo foi agora no mês de setembro, onde a média de chuva daqui para cidade de Manaus é em torno de 90 milímetros, e choveu apenas 15. Essa quantidade de chuva abaixo da média também aconteceu no mês de agosto, setembro, outubro e deve continuar até o mês de dezembro", comenta.

Ainda de acordo com Marco Antônio a estiagem combinada com o fenômeno El Niño provocou uma vazante mais severa nos rios da Amazônia. Com o nível do rio abaixo da média, a praia da Ponta Negra precisou ser interditada para banhos. A praia tem 13 quilômetros de extensão e fica às margens do Rio Negro. O rio está abaixo da cota de segurança, que é de 17 metros, o que pode trazer riscos aos banhistas

Segundo a medição do porto de Manaus o nível das águas chegou a 15,95cm nessa sexta- feira (30). A interdição da praia vai até a primeira quinzena de dezembro quando começa o período de chuvas na região. 

O Jornal da Amazônia 2ª edição desta sexta-feira (30) traz ainda informações sobre o incêndio na Terra Indígena Arariboia, no Maranhão. Brigadistas do Prevfogo conseguiram controlar o fogo. Segundo informações do Ibama, 90% dos focos foram extintos e 10% estão sob controle. A área afetada é de 220 mil hectares. A suspeita é que o fogo, iniciado há mais de 40 dias, tenha sido provocado por madeireiros, na tentativa de roubar madeira da terra indígena. Cerca de 12 mil índios da etnia Guajajara e 80 da Awá-Guajá vivem na reserva Arariboia. A área da terra indígena corresponde a 413 mil campos de futebol.