Incêndio destrói vegetação em Mato Grosso

Corpo de Bombeiros alerta para o período proibitivo de queimadas no

Uma perícia vai apontar as causas do incêndio que atingiu a região da Chapada dos Guimarães (MT), no último final de semana.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo devastou uma área correspondente a 50 campos de futebol, às margens da rodovia MT-020, que liga o município ao distrito de Água Fria. O fogo não chegou a atingir o Parque Nacional.

Dez homens da corporação e 12 servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade participaram do combate ao incêndio.

Para o comandante do Batalhão de Emergências Ambientais do Corpo de Bombeiros, coronel Barroso, existem indícios de que o incidente tenha sido provocado por um agricultor que estaria fazendo limpeza de área.

"Ficamos sabendo que um produtor rural lá da região iniciou um incêndio para reparar área para plantio e perdeu o controle e ai acabou queimando lavoura de outros produtores vizinhos e atingiu uma área de reflorestamento de eucalipto. Causou um prejuízo significativo nos empreendedores daquela região”, revelou coronel Barroso.

Está em vigor no Mato Grosso, o período proibitivo de uso do fogo, que teve início no dia 15 de julho e vai até 15 de setembro. Durante esse período, quem for pego ateando fogo na mata pode até ser preso. É o caso de um rapaz detido em flagrante, na última semana, e agora responde o processo em liberdade.

Para tentar diminuir os danos causados por incêndios florestais no estado, coronel Barroso faz um apelo à população.

"O Estado do Mato Grosso estabelece um período proibitivo do uso do fogo não é por capricho. É porque as condições climáticas ficam muito acentuadas e agravam o risco de incêndio florestal. Então eu convido a toda população a colaborar com o Corpo de Bombeiros pra mitigar, aqui no Estado do Mato Grosso, uma das principais hipóteses de desastres que são os incêndios florestais", explica o coronel.

De acordo com Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), Mato Grosso registra quase 2 mil focos de calor ativos. Quatrocentos a mais que no mesmo período de 2015.