O Jornal da Amazônia Segunda Edição desta quarta-feira (7) traz ainda informações sobre a prisão do madeireiro Jevelis Grey Panassolo, acusado de grilagem de terras públicas. Sob o empresário também pesa a denúncia de ameaçar trabalhadores rurais assentados em Rurópolis, no oeste do Pará, para continuar a explorar ilegalmente área de assentamento. Para isso, utilizava inclusive equipe armada.
Autor do pedido de prisão, o Ministério Público Federal, acusa Panassolo de usar documentos falsos para tomar posse de uma terra pública, denominada Fazenda Cachoeirinha. Uma certidão do Incra falsificada também garantiu ao empresário o direito de extrair de forma ilícita madeira em grande escala, como detalha o Procurador da República Camões Boaventura.
SONORA: 0'55 Há um plano de manejo aprovado pela Semas e que só foi aprovado em virtude do uso do documento falso. Tanto junto à Semas com perante o Tribunal de Justiça do Pará.
Para o MPF, Panassolo atuava em parceira com o pecuarista Ruy Villar de Lima Sampaio Júnior. De acordo com o procurador, a prisão de Ruy não foi decretada por não haver mais evidências que ele estaria neste momento extraindo madeira. E que em 2011, antes da ação, o pecuarista transferiu os direitos da posse sobre a área para o empresário preso.
Levantamento do Incra, aponta que a dupla está vinculada a diversas denúncias de tentativas de apropriação de terras da União, extração ilegal de madeira e ameaças e conflitos com famílias assentadas. Jevelis Panassolo, por exemplo, é acusado em outra denúncia de submeter ONZE trabalhadores a trabalho análogo ao escravo.
Segundo informações do MPF, Jevelis foi preso pela Polícia Federal no final de novembro. A prisão só foi divulgada nessa segunda-feira, para preservação de sigilo processual. O empresário entrou com pedido de soltura no Tribunal Regional Federal da 1ª Região e aguarda decisão da Justiça no presídio Silvio Hall de Moura, em Santarém.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Jevelis Panassolo.