Vinte detentos foram transferidos na manhã de hoje da cadeia pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no centro de Manaus, para uma unidade prisional no interior do estado.Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública, a transferência é uma medida de segurança.
Na madrugada de domingo, quatro presos foram mortos durante rebelião na unidade. Três foram decapitados e um foi morto por asfixia. Os detentos foram mortos pelos próprios internos. Outro preso foi encaminhado para um pronto-socorro. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, ele passou por cirurgia e tem quadro clínico estável.
De acordo com o Comitê de Gerenciamento de Crise do Sistema de Segurança do Amazonas, ao ser feita a contagem de presos no período da noite foi verificado que alguns internos apresentavam ferimentos leves. SETE deles foram levados para atendimento médico em unidades de saúde da capital e retornaram para a cadeia.
Os detentos haviam sido transferidos há menos de uma semana para a Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa. Ela foi reativada na segunda-feira passada para acomodar presos ameaçados de morte. Mais de 280 presos foram transferidos para o local.
Ainda de acordo com os órgãos de segurança, outros três corpos foram encontrados na manhã deste domingo, em local que dá acesso ao Compaj – Complexo penitenciário Anísio Jobim. De acordo com o Comitê de Gerenciamento de Crise, os corpos estavam em avançado estado de decomposição. Ainda não é possível afirmar se são detentos do Compaj.
O estado vive uma onda de violência envolvendo unidades prisionais.
No primeiro dia do ano, o Complexo Penitenciário Anísio Jobim foi palco de uma chacina que resultou na morte de 56 detentos. A tragédia aconteceu por rivalidades entre duas organizações criminosas que disputam o controle de atividades ilícitas na região amazônica: a Família do Norte e o Primeiro Comando da Capital.
Um dia depois a Unidade Prisional do Puraquequara registrou quatro mortes.