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Violência obstétrica é tema de campanha educativa no Amazonas

A ação é direcionada a profissionais de saúde e pacientes de

 Violência obstétrica. Um termo ainda pouco conhecido mas que o Ministério Público Federal do Amazonas (MPF/AM), junto com outros órgãos, quer esclarecer para profissionais de saúde e pacientes.

 

Para isso, a equipe está visitando, desde o início de maio, algumas maternidades de Manaus e, em alguns casos, fazendo inspeções para verificar o tratamento dado às mulheres grávidas. A iniciativa surgiu a partir de várias denúncias de violações de direitos nas unidades de saúde.

 

A Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão, Bruna Menezes, explica o que significa violência obstétrica.  “Violência obstétrica, de fato, é um termo pouco conhecido, mas é internacionalmente adotado. A violência obstétrica pode ser considerada desde a negativa ao acesso a uma maternidade, o tipo de tratamento que a grávida recebe dentro da maternidade no momento pré-parto, durante o parto, pós-parto. Todas as circunstâncias danosas para a mulher podem ser consideradas violência obstétrica, desde a violência psicológica a violência física”, explica. 

 

As denúncias envolvendo situações de violência obstétrica também levaram o MPF do Amazonas a instaurar um inquérito civil no ano passado e a realizar uma audiência pública para ouvir vítimas e profissionais de saúde. 

 

“Foi muito interessante. Foi em novembro do ano passado. Nós tivemos diversos relatos, foram entregues denúncias ao MPF. E partir desse momento nós percebemos que há uma deficiência tanto no conhecimento quanto a prática da violência quanto ao combate a essa violência. A partir daí nós nos reunimos com alguns órgãos parceiros, alguns órgãos, e desde então nós estamos em cooperação, tentando ver com quais medidas cada ator pode ajuda nesse combate a violência obstétrica”, esclarece. 

 

Entre os parceiros da campanha educativa estão as Secretarias Estadual e Municipal de Saúde, o Ministério Público do Estado do Amazonas, a Defensoria Pública, o Departamento de Vigilância Sanitária, o Procon e a Polícia Civil.

 

Para a procuradora, é fundamental que as mulheres denunciem a violência obstétrica. Ela acrescenta que as vítimas podem recorrer, inclusive, a esses órgãos.

 

Uma nova audiência será marcada para tratar do tema após a campanha educativa nas maternidades e hospitais, que vai até junho. O MPF informou ainda que o relatório das visitas vai servir para a elaboração de um termo de cooperação a ser firmado com as diversas instituições envolvidas na temática. A intenção da iniciativa é diminuir os casos de violência obstétrica no estado e orientar as vítimas.

 

O Jornal da Amazônia 2ª Edição desta sexta-feira (27) traz ainda informações sobre estudo que utiliza frutas típicas da Amazônia, como o tucumã e a macaúba  para a produção de energia. A ideia é levar eletricidade para áreas isoladas da região amazônica utilizando recursos renováveis. O estudo é uma parceria entre as Universidades do Amazonas, Brasília e Rio de Janeiro. E também conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).



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Criado em 27/05/2016 - 18:44 e atualizado em 27/05/2016 - 17:30