A literatura brasileira sempre esteve presente na Rádio MEC, e está até hoje, em programas que destacam autores contemporâneos – como o Conversa com Autor ou o Trilha de Letras, entre outros. Já a literatura de outros países teve destaque em momentos e programas mais raros. Na década de 1980 algumas séries foram produzidas enfocando autores estrangeiros de todos os tempos. O Memória Rádio MEC desta semana mostrará trechos de três dessas séries, todas criadas em 1984: Literatura européia; Literatura oriental e Literatura das américas.
As três séries que ouviremos foram trabalhadas com formatos similares, programas com meia hora de duração, e que mesclavam informações biográficas, leituras dos autores em destaque e trechos com diálogos dramatúrgicos. O programa começa com um trecho da série Literatura européia, produzida por Aroldo Bruno e Fernanda Maria Souza e Silva. Com um total de 11 edições, a série abordou autores como Voltaire; William Blake; Proust e Rimbaud entre outros. Neste memória Rádio MEC teremos o início da edição dedicada a Miguel de Cervantes.
O programa segue com Literatura oriental, série que legou 16 programas ao nosso acervo, com produção de Maria do Carmo e direção de Dilmo Elias. A série abodou autores como Tolstoi e Maiakovski, mas também programas temáticos abrangentes tais como A literatura árabe no Brasil, ou Tema do amor . A edição da qual ouviremos um trecho trata da vida e da obra de Franz kafka. Ouviremos trechos de A metamorfose, de Fábula curta e de Transeuntes.
Encerramos o programa com Literatura das Américas , outra série que mesclou narrativas biográficas, dramaturgia e trechos de obras do autor escolhido. A série, produzida por Bella Joseph e Maurício Salles entre 1984 a 1985 teve temas como Poesia feminina no Uruguai, Borges e Gabriel Garcia Marques. Ouviremos uma edição dedicada a Júlio Cortázar, com trechos de sua biografia, entrevistas dramatizadas e leituras de textos como ‘Instruções para dar corda ao relógio’ além da íntegra do conto Continuidade dos Parques, publicado pela primeira vez em 1956 no livro Final do jogo.