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Álcool e adolescência, uma combinação explosiva

Psiquiatra relata as consequências do uso do álcool na adolescência

Na semana passada, um jovem morreu de coma alcoólico, após participar de uma festa universitária em Bauru (SP). O universitário participava de uma festa estilo  “open bar” em que bebidas são oferecidas à vontade. Para compreender melhor essa relação tão danosa entre adolescência e álcool, o programa Nacional Jovem, nesta quinta-feira (12), conversou com Arthur Guerra de Andrade, psiquiatra, especialista em dependência química e presidente-executivo do Centro de Informações sobre Saúde Álcool (CISA).

 

Segundo o psiquiatra, um dos principais perigos ocasionado pelo álcool na vida de um jovem encontra-se nos prejuízos gerados à memória, que poderá acarretar um rendimento intelectual, profissional e social abaixo do esperado na vida adulta.

 

Arthur, também, enfatiza, que em geral o uso excessivo do álcool pode estar ligado a três fatores: o primeiro está relacionado à forma positiva e rápida com que o corpo recebe o álcool. O segundo, diz respeito à pressão exercida pelo grupo ao qual os adolescentes pertencem. E o terceiro, envolve situações de medo, depressão, ansiedade, e até insatisfação com o ambiente familiar. “O jovem quando não se encontra, ele tende a usar o álcool como uma muleta para superar momentos difíceis”, afirma o profissional.

 


O especialista, ressaltou ainda, que quanto mais cedo os adolescentes ingressam no mundo das bebidas alcoólicas, maior será o risco de se tornarem dependentes químicos. Por isso, para ele,  a função dos pais é fundamental para dar limites, e essencial para que os jovens obtenham sucesso na vida.

 


Com relação ao universitário que chegou a óbito após o consumo excessivo de álcool, o psiquiatra enfatiza que o que ocorreu foi lastimável, um problema muito sério. E, ainda, ressalta, que entre os universitários há uma desinformação, um sentimento de que podem tudo. “Para melhorar é preciso ter informação, e um trabalho de prevenção a ser realizado pelas universidades que deveriam discutir, punir e não se omitir", conclui o especialista.

 


Confira a íntegra da entrevista!!!! O Nacional Jovem vai ao ar de segunda a sexta, às 14h (horário de Brasília), na Nacional da Amazônia, e às 12h (horário local) na Nacional do Alto Solimões. Você pode ouvir o programa no mesmo horário, ao vivo, aqui no site das Rádios EBC.



Criado em 12/03/2015 - 23:33 e atualizado em 12/03/2015 - 20:34

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