Segundo uma análise feita pela ong ambientalista WWF-Brasil, realizada com base em imagens de satélite da ruptura da barragem de Brumadinho e de mapas anteriores à tragédia, aproximadamente 125 hectares de florestas foram perdidos, o equivalente a mais de um milhão de metros quadrados, ou 125 campos de futebol. Para falar sobre o alcance das perdas e da destruição, o programa Natureza Viva entrevistou a bióloga e doutora em ecologia pela USP Paula Hanna Valdujo.
Segundo Hanna, a situação é devastadora. "Sem dúvida, o principal impacto é sobre as vidas que foram ceifadas, mas também houve um grande impacto sobre o meio ambiente. Não só na floresta e no Córrego do Feijão, mas também sobre o rio Paraopeba, que é importantíssimo para a região".
A doutora explica que a lama cobriu completamente o córrego que existia próximo à barragem, o que acabou com a existência de qualquer vida aquática dali. Além disso, de acordo com ela, a lama que corre para o Rio Paraopeba pode impactar, inclusive, o Rio São Franscisco.
Ouça a entrevista:
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