Rádio Mirabilis apresenta Diabaté, Rudd, Antunes e Scandurra

Espécie de alaúde-harpa parece ter sua origem no século 16, embora só tenha se tornado conhecido pelos ocidentais a partir do século 18. Muito utilizado no Senegal, Mali, Burkina, Guiné, no leste da África, a Kora tem corpo bojudo e longo cabo onde se esticam suas 21 cordas.

No Mali é o virtuoso em destaque. São verdadeiras paisagens sonoras que Toumani Diabaté desenha musicalmente. Na verdade, começou a escutar estes sons ainda bebê, porque nasceu em uma família de longa tradição em solistas de kora. Seu pai, Sidiki Diabaté, foi o primeiro a gravar álbum todo dedicado a kora, aconteceu em 1970.

Os tempos mudaram, aceleraram, e as tecnologias de  comunicação aproximaram distâncias: Toumani Diabaté não precisou esperar muito para gravar e frequentar festivais, salas de concerto e shows como solista prestigiado. E não foi só ele. Uma extensa lista de músicos africanos, cada vez mais presente internacionalmente, dos quais Ali Farka Toure, Sissoko e Kouyate são apenas alguns.

Parte desses músicos se reuniu a Toumani Diabaté no álbum "Malicool", gravado em apenas seis dias, ótimo nome para indicar um aspecto mais contemporâneo de Mali, sem deixar as raízes culturais. Como poderemos observar nesta colaboração com Roswell Rudd, trombonista e compositor de jazz norte-americano. Além de apresentar a música tradicional malinesa para Kora, Toumani Diabaté também se dedicou a estas configurações cruzadas, com Rudd mas também com Arnaldo Antunes e Edgar Scandurra.  

No álbum dos brasileiros "A Curva da Cintura", gravado em Bamako, capital do Mali, em 2011,Toumani foi convidado a participar. 

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