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OSB apresenta o "Concerto para piano nº 3 em ré menor", de Rachmaninoff

Ouça o jovem pianista Federico Colli e a OSB sob regência de Neil

O programa Rádio OSB deste domingo (21) apresenta um repertório inspirado no maior evento esportivo do mundo, as Olimpíadas.

 

A OSB está trazendo este ano para Temporada 2016 jovens músicos premiados e maestros consagrados. Por isso, o programa de hoje traz o o talento do pianista italiano Federico Colli, interpretando o Concerto para piano nº 3 em ré menor, Op. 30, de Sergei Rachmaninoff. Vencedor do primeiro lugar da Competição Internacional Mozart, em 2011, e recentemente da medalha de ouro da mais importante competição inglesa de piano, o prêmio Leeds, Colli vem consolidando uma carreira internacional de grande sucesso pela Europa, Ásia e América do Norte.

 

Aqui no Rio, fez sua estreia com a OSB no dia 25 de junho deste ano no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, conquistando imediatamente o público com sua belíssima interpretação desta obra virtuosística, exuberante e melancólica de Rachmaninoff. À frente da OSB estava o regente Neil Thomson, fazendo neste dia sua estreia carioca. Atualmente Diretor Musical e Maestro Titular da recém-fundada Filarmônica de Goiás, o britânico tem uma extensa carreira e já colaborou com a Sinfônica e Filarmônica de Londres, Sinfônica da BBC, Royal Philharmonic, Filarmônica de Tóquio e Orquestra WDR de Colônia, dentre outras.

 

O "Concerto n° 3" foi composto por Rachmaninoff para sua primeira turnê nos Estados Unidos. Vivendo na Alemanha, o compositor e pianista russo inicialmente hesitou em aceitar o convite, não querendo se ausentar por tanto tempo de sua família, já que naquela época uma turnê como essa levava meses para se completar. Porém, a oferta financeira era generosa demais para ele desistir. Ao aceitar o convite, ele também concordou em compor este concerto que apresentaria com orquestras americanas. O trabalho foi escrito no verão e terminado pouco antes de seu embarque para os Estados Unidos. O compositor russo teve apenas nove dias para ensaiar a complexa parte solista, num teclado mudo, durante a travessia do Atlântico. Sucesso ao longo de toda a viagem, o concerto foi particularmente muito celebrado em sua apresentação no Carnegie Hall, em 16 de janeiro de 1910, com a Filarmônica de Nova York e regência de, nada menos que, Gustav Mahler. Uma das primeiras críticas que saíram do concerto indicava que somente um pianista com poderes técnicos excepcionais poderia executar um concerto tão difícil. Essa dificuldade fez com que esta peça fosse curiosamente apelidada de Everest dos pianistas. É tão assustador e emblemático o nível de desafio desta obra, que o filme “Shine” utilizou justamente este concerto para retratar a história do pianista David Helfgott em busca da perfeição.



Criado em 19/08/2016 - 15:17 e atualizado em 19/08/2016 - 18:44