Pelo menos nove rios e igarapés do Pará estão com níveis de metais tóxicos acima do permitido, após vazamento em depósito de rejeitos tóxicos de mineradora Hydro em Barcarena.
A informação consta no segundo relatório técnico do Instituto Evandro Chagas sobre a denúncia de impactos ambientais e riscos à saúde humana nas atividades de processamento de bauxita da empresa Hydro, divulgado nesta quarta-feira (28).
O pesquisador do Instituto Evandro Chagas, Marcelo Oliveira, afirmou que os dados no ambiente ao redor da mineradora mostram que o levantamento de automonitoramento apresentados pela empresa, como comprovação de despejo controlado e sem risco através de canais irregulares por onde passavam efluentes não tratados, são falhos e insuficientes.
As análises foram feitas após o despejo de rejeitos de minério. As amostras de água foram coletadas entre os dias 25 de fevereiro e 08 de março no Rio Murucupi, em vários pontos do Rio Pará, nos rios Arienga, Arapiranga, Guajará do Beja, Igarapés Curuperê, Dendê e um igarapé que é afluente do Tauá. Amostras de lama coletadas dentro da empresa em todo o sistema de efluentes e na estrada PA-481 tambem foram coletadas.
O médico e pesquisador do Instituto Evandro Chagas, Marcos Mota, destacou que a população precisa ser avaliada e que ainda é preciso mais investigar mais sobre os danos provocados a saúde dos moradores das comunidades atingidas.
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