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Conflitos agrários deixam 70 pessoas mortas em 2017

Segundo a Comissão Pastoral da Terra, é o maior número em 15 anos

No AR em 16/04/2018 - 18:30

Setenta pessoas foram assassinadas em conflitos no campo em 2017. O número é 15% maior que em 2016. O Pará lidera o ranking de assassinatos, com 21 mortes, seguido de Rondônia, com 17; Bahia com 10 assassinatos e Mato Grosso, com nove.

A Comissão Pastoral da Terra destaca ainda que 2017 foi peculiar pela ocorrência de quatro massacres. Dos 70 assassinatos em 2017, 28 ocorreram em chacinas, o que corresponde a 40% do total.

Para o membro da coordenação nacional da CPT, Paulo César Moreira, a violência é histórica e reflexo de um projeto de governo.

A CPT registra os dados de conflitos no campo de modo sistemático desde 1985. Nestes 32 anos, a entidade registrou 1.438 casos de conflitos no campo em que ocorreram assassinatos, com 1.904 vítimas. Desse total de casos, apenas 113 foram julgados, o que corresponde a 8% dos casos. Para a Comissão, um dado que reforça a impunidade como um dos pilares mantenedores da violência no campo.

A reportagem solicitou à Ouvidoria Agrária Nacional manifestação sobre os dados publicados pela CPT, mas até o momento não obteve retorno.

 

Também são destaques do Repórter Amazônia desta segunda-feira (16):

-Semana dos Povos Indígenas reúne 12 etnias em São Félix do Xingu, no Pará

-Justiça do Tocantins determina redução de cargos comissionados na Assembleia Legislativa

-Prorrogada campanha de vacinação contra o sarampo em Manaus

 

Criado em 16/04/2018 - 19:44