O Estado do Pará pediu à Justiça que obrigue a mineradora Hydro Alunorte a pagar 250 milhões de reais como indenização por danos ambientais.
A Procuradoria-Geral do Estado protocolou uma ação civil pública ambiental para buscar a reparação dos problemas causados pelo despejo de efluentes, ou seja, resíduos, em áreas próximas a refinaria de Barcarena.
A Procuradoria pede o depósito dos valores em juízo, de forma cautelar, sendo 200 milhões por danos morais e o restante por danos materiais. Se o montante não for disponibilizado, o órgão solicita que a mineradora apresente garantias de que vai reparar os prejuízos causados pelo desastre ambiental.
De acordo com a Procuradoria do Estado, o valor da indenização foi calculado com base no caso da Samarco, em que foi estimado mil por habitante daquela região. No Pará, a estimativa foi de 1.600 reais para cada morador de Barcarena, já que o dano repercute não apenas nas localidades diretamente atingidas, mas em todo o município.
Em fevereiro, foi detectado o vazamento de efluentes da Hydro Alunorte com impactos nos rios da região, na saúde e nos meios de subsistência da comunidade local. A empresa admitiu publicamente que lançou as substâncias não tratadas no meio ambiente.
A Alunorte informa que ainda não foi notificada sobre a ação impetrada pelo Governo do Estado do Pará na Justiça e que irá analisar o conteúdo da ação antes de se pronunciar.
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