O massacre, que vitimou 10 trabalhadores rurais em Pau D’Arco, no município de Redenção, no sudeste do Pará, completou um ano nesta quinta-feira (24). O crime aconteceu na madrugada do dia 24 de maio de 2017. Foram investigados pelas mortes 19 policiais, mas os mandantes da chacina não chegaram a ser identificados.
O vice-presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, Darci Frigo, explica que a comunidade enfrenta um forte clima de tensão na região: “Ainda persiste um clima de insegurança e ameaças, seja aos familiares das vítimas, seja aos advogados e advogadas constituídos para defender as vítimas. Um dos advogados saiu da região nos últimos dias em função de pessoas estranhas começarem a aparecer próximos à sua casa, com moto, circulando.”
Em nota divulgada nesta quinta-feira, a Polícia Civil do Pará afirma que considera concluída a apuração sobre a chacina de Pau D´Arco. O inquérito foi encaminhado à Justiça em outubro do ano passado, 13 dos 19 policiais investigados pelo crime foram indiciados, sendo 11 militares e dois civis. Todos eles estão presos aguardando a sentença judicial.
O Ministério Público do Pará apresentou nesta quinta-feira as alegações finais e pediu à Justiça que os policiais denunciados sejam submetidos à julgamento pelo tribunal do júri, em Redenção, por crimes como homicídio e constituição de milícia.
Em abril deste ano, as testemunhas da chacina de Pau D´Arco confirmaram que as 10 vítimas não reagiram e sofreram com a crueldade da execução. Cinco pessoas sobreviveram ao massacre fugindo pela mata. Por causa da chacina de Pau D'Arco e de outras denúncias, entre os dias 11 e 13 de junho, a reunião do Conselho Nacional de Direitos Humanos será em Belém.
Também são destaques do Repórter Amazônia desta quinta-feira:
- Amazônia tem 70 interdições de vias por causa da paralisação de caminhoneiros;
- Motoristas fazem filas nos postos de combustíveis com medo de desabastecimento;
- No Maranhão, força tarefa combate proliferação de caramujos africanos.
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