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MA: moradores próximos à Estrada de Ferro Carajás cobram travessia segura

População reclama que a passagem é perigosa ao longo da ferrovia. Em

No Maranhão, moradores de áreas próximas à Estrada de Ferro Carajás reclamam da falta de pontos seguros de travessia. A estrada deve passar por fiscalização em abril.

 

Para conseguir realizar as atividades diárias, moradores de cidades maranhenses às margens da estrada precisam atravessar os trilhos, mas este percurso nem sempre é fácil. A falta de pontos de travessia e de manutenção das passagens existentes são os principais problemas.

 

Dados da Rede Justiça nos Trilhos apontam que, entre 2006 e 2013, foram registrados cerca de oito atropelamentos por ano. Entre 2014 e 2015 não existem dados oficiais, mas a instituição afirma que recebeu, pelo menos, denúncias de quatro ocorrências.

 

Marlúcia Azevedo mora em Buriticupu. Professora, ela fala das dificuldades encontradas para conseguir lecionar. “Prejudica a passagem dos alunos para ir até a escola, sem falar na questão do barulho. A gente está dando aula e, de repente, o trem passa apitando. Então, prejudica a aula por conta do barulho”.

 

A advogada da Rede Justiça nos Trilhos, Aianny Monteiro, explica que muitas pessoas acabam atravessando por vias clandestinas.

 

“A maioria delas faz isso porque esses pontos de travessia não existem ou, se existem, ficam a muitos quilômetros de onde as pessoas costumam fazer a travessia. Hoje, a gente tem alguns viadutos, algumas passagens de níveis e alguns túneis que foram construídos depois de algumas ações. Mas, a maioria deles não atende à necessidade das comunidades”.

 

De acordo com a advogada, a estrada tem nove viadutos. Quatro destes são resultado de prostestos e ações judiciais. Também conta com 101 passagens de nível, que seriam localizadas em cruzamentos entre ferrovias e passagens de pedestre, bem como rodovias.

 

Baseado nos problemas enfrentados pela população, o Ministério Público Federal ingressou com uma ação civil pública. O procurador da República Alexandre Soares explica que o órgão cobra da Vale, responsável pela ferrovia, e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ações que garantam segurança na travessia das pessoas.

 

“Indicação de pontos de travessia mais adequados e, sobretudo, a construção de pontos de travessia com condições de segurança, mediante a colocação de sinalização e, em muitos casos, viadutos, principalmente naquelas áreas onde haja uma maior concentração de pessoas. Além dessas medidas, quer-se também evitar o estacionamento de trens nos locais em que há grande circulação de pessoas, mas, em contraposição, não haja condições de travessia”.

 

Confira, ainda, no Repórter Amazônia desta terça-feira (2):

 

- Operação apreende seis toneladas de produtos contrabandeados da Guiana, em Roraima.

- Acre decreta situação de emergência devido aos casos de Zika e Chikungunya registrados no país.

E ainda:

- Copa Verde terá troca de ingressos por garrafas PET.

 

O Repórter Amazônia é uma produção da Rede de Rádios Públicas da Amazônia e vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 18h30, pela Rádio Nacional da Amazônia.



Criado em 03/02/2016 - 09:38 e atualizado em 03/02/2016 - 07:40