Quatro pessoas já estão presas preventivamente. O coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), promotor Marco Aurélio, explica como funcionava o esquema, que começou a ser investigado em agosto do ano passado.
“Nós tínhamos três servidores públicos que repassavam a esse grupo de empresários, que dirigiam o cartel, as informações privilegiadas de quais seriam as licitações que ocorreriam e quais seriam os preços máximos que o governo pagaria por essas obras. Então, com base nisso, eles se reuniam e dividiam a obra. Esses servidores, criando esse vínculo com os empresários, achavam que só receberiam as suas medições (das obras que estavam em execução), desde que pagassem 5% pra esse corpo de criminosos”, revela Marco Aurélio.
A Secretaria de Educação, Esporte e Lazer informou que o secretário interino, José Arlindo de Oliveira Silva, determinou a suspensão dos procedimentos e contratos licitatórios.
Ao todo foram suspensas licitações de 16 obras, que somam mais de R$ 20 milhões, nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Nobres, Barra do Bugres, Cláudia, Tapurah, Santo Antônio de Leverger e Primavera do Leste. Doze empresas participaram dos certames.
Os envolvidos respondem pelos crimes de constituição de organização criminosa, formação de cartel, corrupção passiva e fraude a licitação. O ministério público continua investigando e a operação terá uma segunda fase.
Confira ainda, no Repórter Amazônia desta sexta-feira (20):
- Vinte e sete pessoas foram presas por de ataques a ônibus em São Luís (MA);
- Governo do Amazonas reduz gastos para fugir da crise econômica;
E mais: começa amanhã o Copão Comunitário, em Rio Branco (AC).
O Repórter Amazônia é uma produção da Rede de Rádios Públicas da Amazônia e vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 18h30 pela Rádio Nacional da Amazônia.