As equipes da Polícia Federal ainda estão nas ruas em cidades do Amapá para cumprir sete dos dez mandados de prisão preventiva. As ações fazem parte de duas operações: uma delas investiga crimes de trabalho escravo e corrupção; a outra, crimes ambientais no Distrito de Lourenço e o funcionamento de garimpo ilegal no município de Tartarugalzinho.
Até o momento, três pessoas já foram presas, entre elas um ex-deputado federal que não teve o nome divulgado. Entre os alvos, também estão servidores e ex-funcionários da Agência Nacional de Mineração e dois dirigentes da Cooperativa de Garimpeiros do Lourenço.
As investigações apontam que os funcionários da Agência facilitavam a obtenção de concessões e autorizações de exploração de minério mediante o recebimento de vantagens e favorecimento de terceiros, além de não revelarem irregularidades encontradas no âmbito da mineração.
De acordo com a Polícia Federal, os ex-parlamentares usavam de influência política no Estado para organizar e promover um esquema de propina dentro da Agência. A conta feita pela organização é de que o órgão poderia render-lhes, pelo menos, R$ 100 mil de propina por mês. As ações ocorrem simultaneamente nos municípios amapaenses de Macapá, Santana e Calçoene.
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