MPF/PA denuncia homem acusado de vender ilegalmente lotes de assentamento

Na ação criminal, ele é acusado de invadir, desmatar e vender ilegalmente lotes do projeto de assentamento Corta Corda, em Santarém, no oeste do estado.

Segundo o MPF, o acusado vem cometendo crimes há, pelo menos, cinco anos e, se condenado na justiça, pode pegar até 14 anos de prisão.

A ação cita que Sancler agia de forma coronelista na região e que estava se beneficiando de uma suposta omissão do Incra para intimidar pessoas, expulsar assentados e colocar pessoas com condições financeiras no lugar.

Na ação, o MPF pede que Sancler fique proibido de frequentar o assentamento e manter contato com servidores do Incra. Ao órgão responsável pelo assentamento, o MPF pede à justiça que obrigue a excluir urgentemente Sancler da lista de beneficiários da reforma agrária.

O Incra respondeu à reportagem e disse que realizou levantamento dos ocupantes regulares do assentamento no início deste ano e que foi concluído em fevereiro. Agora eles montam uma ação para identificar ocupações irregulares. Sobre as acusações de omissão, o Incra informou que vai enviar uma resposta completa ao longo do dia.

*Após veiculação da reportagem, o Incra enviou a seguinte nota: "Com base no teor da denúncia ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF), o Incra determinou a abertura de procedimento administrativo para apurar as condutas atribuídas a Sancler Viana Oliveira, especialmente, as relacionadas a ilícitos ambientais, mas também à venda de lotes, que são proibidas em assentamentos da reforma agrária. Tais práticas, uma vez comprovadas, ensejam a exclusão do autor da relação de beneficiários da reforma agrária. O Incra acrescenta que o órgão está à disposição do MPF e da Justiça Federal para contribuir com a apuração dos ilícitos apontados na denúncia."

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