Os professores da rede estadual de ensino do Amazonas começaram greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira (22). A categoria reivindica aumento salarial de 35%.
No primeiro dia do movimento, os docentes e demais trabalhadores em educação fizeram um protesto em frente à sede do Governo Estadual, na capital amazonense. De acordo com o Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus – Aspom Sindical, 10 mil pessoas participaram da manifestação. O Governo não anunciou os números oficiais.
Segundo o Sindicato, cerca de 350 escolas tiveram as aulas suspensas e o movimento grevista teve adesão de 15 mil trabalhadores da educação da capital e de outros 40 municípios do Amazonas. A rede estadual de educação do estado tem 599 escolas, sendo 226 em Manaus.
O diretor da Aspom Sindical, Lambert Melo, declarou que lamenta a falta de diálogo do Governo amazonense.
Em nota, o Governo do Amazonas afirmou que respeita o direito de greve e que permanece à disposição para negociar. Disse ainda que concedeu aumento no auxílio-alimentação, fim do desconto de 6% no vale-transporte e reajuste do auxílio-localidade, que pode chegar a R$ 1 mil para municípios mais distantes.
A Secretaria de Estado de Educação afirmou lamentar que alunos fiquem sem aula e que o ano letivo tenha que ser reposto em período em que estudantes e professores deveriam estar em férias escolares.
Nesta quinta-feira (22), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), com o qual o governo diz estar negociando, também aprovou a greve da categoria.
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