Um relatório da Defensoria Pública de Tocantins aponta superlotação, falta de estrutura e epidemia de sarna em Casa de Prisão Provisória de Paraíso do Tocantins. Recomendações para melhorias no local foram encaminhadas pela defensoria para o governo do estado. Entre os problemas constados estaria a assistência à saúde dos presos.
Há um mês, os familiares dos detentos denunciaram uma epidemia de sarna na cadeia, com chances de contaminar visitantes e se espalhar pela cidade. De acordo com a defensora pública Letícia Amorim, a Secretaria de Saúde foi acionada, mas as providências tomadas teriam sido insuficientes.
A Casa de Prisão Provisória de Paraíso do Tocantins tem capacidade para abrigar 54 presos, mas está com 300. A falta de espaço e camas obrigou os detentos a instalar redes por conta própria. Os ganchos seriam escovas de dente, isqueiros, aparelhos de barbear e pedaços de madeira.
Segundo a defensora pública estadual Letícia Amorim, em julho, um detento provisório de apenas 19 anos ficou gravemente ferido ao cair de uma rede instalada a três metros de altura.
“É um total descaso do Poder Público. O problema não é a colocação de rede. O problema é a superlotação da unidade prisional. A rede é uma consequência da superlotação.”
A Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça afirma que até o momento não recebeu o relatório da Defensoria Pública do Estado sobre as condições da Casa de Prisão Provisória de Paraíso do Tocantins. O órgão afirma que as providências necessárias serão tomadas assim que as recomendações forem oficializadas.
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