Pessoas que recebiam dinheiro do Bolsa Atleta sem praticar nenhum esporte foram os principais alvos da Operação Havana, da Polícia Federal, nesta sexta-feira(18). O prejuízo aos cofres públicos supera R$ 1 milhão.
Agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão para encontrar provas das fraudes. Um no Bar Versão Brasileira, localizado na quadra 204 Sul, em Brasília. A suspeita é que um dos sócios do local recebeu o dinheiro do Bolsa Atleta e investiu no empreendimento.
O delegado da Polícia Federal, João Tiago Oliveira, conta como começaram as investigações: "O Ministério do Esporte fez uma auditoria interna até por recomendação da CGU e descobriu que algumas pessoas que estavam recebendo o Bolsa Atleta que não tinham feito o requerimento devido. E a partir disso, comunicou a Polícia Federal essa discrepância entre a lista de atletas e as pessoas que tinham realmente direito".
Também foram cumpridos cinco mandados de condução coercitiva. Um ex-funcionário do Ministério do Esporte não foi encontrado para prestar esclarecimentos. O delegado João Tiago explicou a participação do ex-funcionário no esquema: "Tinha um funcionário do Ministério do Esporte, que depois foi desligado, que fazia essa inserção de dados. Então inseria esses falsos atletas, atletas fantasmas".
O Bar Versão Brasileira informou, por meio de nota, que foi surpreendido com a operação, mas que já disponibilizou todos os documentos do empreendimento para a análise das autoridades.
O Ministério do Esporte também se posicionou por meio de nota e disse que as investigações sobre as fraudes partiram de denúncia da pasta. Após apurações internas, foram constatados os desvios e aberto processo administrativo disciplinar.
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