UnB investiga suposta fraude no sistema de cotas

Cerca de 100 estudantes da Universidade de Brasília são investigados por uma junta da instituição por supostamente fraudarem o sistema de cotas no ingresso pelo vestibular.

A partir de denúncias de estudantes negros da UnB, o Ministério Público Federal e a universidade negociam um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que prevê procedimentos adequados para “prevenir, coibir e punir fraudes”. Segundo as denúncias, os investigados podem ter se autodeclarado negros sem que a aparência física corresponda à declaração.

Em nota a UnB argumentou que, até então, a lei de cotas previa o ingresso ao ensino superior por meio de autodeclaração. No entanto, confirmou que a universidade está negociando um TAC e a comissão de sindicância a apuração dos casos que já ocorreram.

A instituição informou, ainda em nota, que na primeira semana de janeiro uma reunião está agendada entre a direção da universidade, integrantes do Ministério Público Federal, a comissão de sindicância e o Cebraspe, a banca organizadora dos vestibulares da UnB. Com a reunião,  serão definidos procedimentos adequados a partir do acordo firmado no TAC, incluindo medidas de segurança para os próximos vestibulares.

A UnB é a pioneira na adesão à Lei de Cotas entre todas as universidades federais do país. A instituição permite o ingresso de estudantes negros, pardos e indígenas pelo sistema há mais de dez anos.

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