Trinta e oito casos de sarampo foram confirmados em Bolívar, estado venezuelano que faz fronteira com o Brasil. A preocupação das autoridades é que com o atual aumento do fluxo migratório um surto da doença possa voltar a ocorrer em território brasileiro. O vírus está em circulação há mais de seis meses na Venezuela, o que coloca em situação de alto risco todas as regiões vizinhas.
A Coordenadora Geral de Vigilância em Saúde de Roraima, Daniela Sousa, explica o que significa esse alerta emitido este mês pela Organização Pan-Americana da Saúde. “Isso é realmente para alertar os profissionais de saúde, os hospitais, as portas de entrada do estado que a gente pode receber um caso de sarampo advindo da Venezuela.”
Nos últimos sete anos, toda a Região Norte registrou quatro casos de sarampo, três no Pará em 2010 e um em Roraima no ano de 2015. A vacinação é a melhor forma de evitar a doença. A tríplice viral, que combate sarampo, caxumba e rubéola está disponível no SUS. A vacina é aplicada em crianças de 12 meses e a segunda dose aos quatro anos.
Além de aumentar a cobertura vacinal em crianças, a Secretaria de Saúde tenta identificar adultos de grupos de risco.
Daniela destaca ainda que após o alerta deste mês o Ministério da Saúde enviou 25 mil doses da tríplice que estão sendo distribuídas a todos os municípios do estado.
O Ministério da Saúde também informou que está vacinando os venezuelanos abrigados em Roraima e no Amazonas.
Na próxima quarta-feira, autoridades brasileiras e venezuelanas vão se reunir para tratar de estratégias de prevenção ao sarampo durante as férias. Neste período muitos brasileiros se deslocam para a Venezuela.