A mensagem presidencial sobre o decreto de intervenção federal na Segurança do Rio de Janeiro foi protocolada, nesta sexta-feira (16), na Câmara dos Deputados. A votação foi marcada para segunda-feira (19), às sete horas da noite. E o presidente do Senado, Eunício Oliveira, disse que, sendo aprovado na Câmara, já vai levar o decreto para votação dos senadores na terça-feira (20).
Enquanto durar a intervenção, nem a Reforma da Previdência nem outras emendas constitucionais podem ser votadas, cumprindo o determinado pela Constituição. Essa mudança é considerada pela oposição uma manobra do governo federal, porque ainda não tinha votos suficientes para aprovar a reforma. É o que diz o líder do PSB na Câmara, deputado Júlio Delgado.
Embora Delgado afirme que o PSB deve votar a favor da intervenção no Rio, o líder não acha que essa é uma solução satisfatória. Parlamentares cobram a criação de um Plano Nacional de Segurança Pública, com maior participação da esfera federal. A deputada Jandira Feghali, do PCdoB do Rio de Janeiro, disse que o partido ainda vai fechar questão, mas ela é contra porque acha que a medida é uma jogada de marketing e não vai resolver o problema.
Já Otávio Leite, do PSDB, também deputado federal pelo Rio de Janeiro, é favorável à intervenção federal.
As bancadas do DEM e do PPS também divulgaram notas a favor da intervenção federal, enquanto as do PT e do PSOL são contra. Para ser aprovado, o decreto presidencial precisa da maioria simples na Câmara e, depois, no Senado.
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