Michel Temer envia carta à PGR com parecer de jurista após ser incluído em inquérito

O presidente Michel Temer enviou nesta quinta-feira (8) uma carta para a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, com um artigo do jurista Ives Gandra, defendendo que um presidente da República não pode ser investigado por fatos alheios ao seu mandato.

Nesta semana, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, acatou o pedido da Procuradora e incluiu Temer no inquérito da Lava Jato que investiga suposto favorecimento da Odebrecht quando os atuais ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral, Moreira Franco, foram ministros da Secretaria da Aviação Civil, entre 2013 e 2015.

Na carta, Temer diz que o documento tem apenas fins acadêmicos e reafirmou que não vai recorrer da decisão. Carlos Marun, ministro da Secretaria de Governo, negou que a carta seja uma maneira de pressionar Raquel Dodge.

Na terça-feira, o STF tinha determinado a quebra de sigilo bancário de Temer. Ao comentar esse fato e a inclusão do nome do presidente na Lava Jato, Carlos Marun disse que nada disso vai atrapalhar a agenda do governo.

A Procuradora Geral da República confirmou o recebimento da carta, mas não comentou o assunto.

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