Reconstituição do assassinato de Marielle vai interditar ruas na região central do Rio

Quase dois meses depois do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a Polícia Civil realiza uma reconstituição do crime nesta quinta-feira (10). A simulação está marcada para as 22h, horário próximo do qual o crime aconteceu no dia 14 de março, no bairro do Estácio, na região central do Rio.

O trabalho coordenado pela Delegacia de Homicídios da Capital vai contar também com apoio logístico das Forças Armadas. A partir das 20h, várias ruas do entorno vão sofrer interdições e vão estar bloqueadas para veículos e pedestres. Segundo a polícia, durante a reprodução, poderão ser disparados tiros em pontos específicos para análise da perícia. Por questões de segurança, os moradores da região só poderão acessar as ruas bloqueadas após serem autorizados pelos policiais.

Ficarão fechados os seguintes trechos: Rua Joaquim Palhares entre as Ruas Haddock Lobo e Rua Ulysses Guimarães; Rua João Paulo I, entre a Avenida Paulo de Frontin e Rua Joaquim Palhares e Rua Estácio de Sá entre a Rua Hélio Beltrão e Rua Joaquim Palhares.

De acordo com novas informações divulgadas nesta quinta-feira pelo jornal O Globo, a partir de relatos de uma fonte que estaria sob proteção policial, um policial militar lotado no 16º Batalhão de Polícia Militar, em Olaria, e um ex-policial que já foi lotado no Batalhão da Maré estariam entre os ocupantes do carro de onde partiram os tiros que atingiram Marielle e Anderson.

A pessoa que repassou as informações é a mesma que vinculou o vereador Marcelo Siciliano, do PHS, e o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo ao crime, informação que foi divulgada na ultima segunda-feira. De acordo com essa versão, os dois teriam tramado a morte da vereadora. Orlando está preso e é apontado como chefe de uma milícia que atua na zona oeste. Ainda segundo as informações divulgadas nesta quinta-feira, a Polícia já teria pedido a transferência de Orlando, que está no Complexo Penitenciário de Gericinó, para um presídio federal.

A Polícia Civil ainda não confirmou nenhuma informação sobre as investigações.

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