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Representantes de caminhoneiros assinam acordo para suspender movimento

A decisão, no entanto, não foi unânime entre as entidades da categoria

Repórter Nacional

No AR em 25/05/2018 - 10:31

Foram mais de seis horas de reunião. Já passava das 21h desta quinta-feira, quando o governo e representantes de caminhoneiros anunciaram acordo e o fim da greve por 15 dias.

O texto acordado prevê 12 pontos. Entre eles, a redução em 10% do valor do óleo diesel por 30 dias.  Quinze a mais do anunciado pela Petrobrás.

As eventuais perdas da Petrobras pelo congelamento do óleo diesel por 30 dias  serão arcadas, na primeira quinzena, pela empresa  e, na segunda, pela União.

A Petrobras por nota classificou o acordo como positivo. O texto diz ainda que do ponto de vista da empresa, o ressarcimento proposto pela União preserva integralmente a política de preços da companhia, ao mesmo tempo que viabiliza maior previsibilidade para os consumidores.

A redução da alíquota zero da contribuição da CIDE também entrou no acordo.

Mas, o decreto só será editado após a aprovação no congresso do texto sobre a reoneração da folha de pagamento. Outro ponto foi a não reoneração da folha de pagamento para o setor de transportes.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, informou que a partir de agora, haverá um tempo de intervalo mínimo de 30 dias para reajustes no Diesel.

Também será negociado com os estados o fim da cobrança de pedágio por eixo suspenso para caminhões que trafegam vazios.

O termo foi assinado pela Confederação dos Caminhoneiros Autônomos de Carga (CNTA), Sindicato Nacional dos Caminhoneiros, entre outros.

Mas a proposta dividiu os caminhoneiros. Alguns representantes da categoria, abandonaram a reunião, como foi o caso do presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes. Ao sair, ele afirmou que a entidade mantém posição de manutenção de paralisação dos motoristas. Abcam  é a associação que lidera o protesto dos caminhoneiros.

De acordo com o presidente da CNTA, Dilmar Bueno, que assinou o acordo, a  desmobilização do movimento vai depender da categoria. Em 15 dias, governo e caminheiros voltam a se reunir.

O presidente Michel Temer não participou da reunião no Palácio do Planalto, mas durante discurso na solenidade em Minas Gerais, durante a comemoração ao dia da indústria, disse que vai propor aos estados a redução do ICMS.

De acordo com ministro Eliseu Padilha, a alta da gasolina não entrou na pauta de discussão, e por enquanto o governo não estuda nenhuma medida a respeito.

Com o acordo entre Governo Federal e representantes de categorias de transportadores de cargas suspendendo a paralisação, a Polícia Rodoviária Federal  inicia etapa de monitoramento da desmobilização nas rodovias federais.
No entanto, em alguns locais, a mobilização ainda continua. Em São Paulo,  caminhoneiros continuam parados na Via Dutra. A Rodovia Régis Bittencourt segue com dois trechos com fileiras de caminhões na região de Embu das Artes. Na Anchieta, segue a manifestação no km 24, sentido litoral. O acesso ao Porto de Santos, na Baixada, segue bloqueado.

Ouça o Repórter Nacional (7h) desta sexta-feira (25):

 

Confira outros destaques desta edição:

- Bloqueios continuam em algumas rodovias

- Senado se compromete a levar para plenário a proposta de preço mínimo para o frete

- Passagens aéreas poderão ser remarcadas sem cobrança de taxa

- Estudantes têm até hoje para renovar contratos do Fies

Criado em 25/05/2018 - 10:43

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