Desde 2016, quando começou o programa de revisão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, o governo economizou R$ 9,6 bilhões. E a expectativa é que o valor alcance R$ 20 bilhões em 2020. As informações foram confirmadas pelo ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame. Segundo ele, o corte de benefícios previdenciários só está atingindo pessoas que recebiam o valor indevidamente.
De acordo com o ministro, já foram realizadas cerca de 700 mil perícias e aproximadamente um milhão de benefícios deixaram de ser pagos. O Bolsa Família também está sendo revisto. Alberto Beltrame afirma que os dados dos beneficiários estão sendo cruzados com as informações do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged) e outros seis bancos de dados.
Este tipo de cruzamento de informações era feito anualmente e agora é realizado todos os meses. Lylia Rojas, conselheira do Conselho Federal de Serviço Social, menciona que o governo não dá tempo suficiente para que as pessoas comprovem que precisam dos benefícios antes deles serem cortados.
A entidade também questiona a economia, já que muitas pessoas conseguem na Justiça o direito de receber o benefício novamente. Além disso, o governo mudou o regime de trabalho dos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que passaram a receber um valor extra para cada perícia de revisão feita.
Em entrevista à Agência Brasil, o Secretário Federal de Controle Interno da Controladoria-Geral da União (CGU), Antônio Leonel, afirma que o corte de benefícios irregulares é na casa de milhões e o que os recursos judiciais são na casa de milhares. A CGU é um dos órgãos que participa do comitê interministerial responsável por acompanhar a revisão.
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