Para o ministro da Segurança Pública o sistema prisional brasileiro é escritório de facções criminosas

O maior problema da segurança pública no Brasil é o sistema prisional nos estados. A declaração é do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, durante a inauguração do quinto presídio de segurança máxima do País, nesta terça-feira (16), em Brasília.

Jungmann disse ainda que o sistema prisional brasileiro é o escritório das facções criminosas.

"Aproximadamente 1400 unidades prisionais, 726 mil apenados, terceira maior população do mundo. É controlado pelas facções criminosas, que de dentro dessa base prisional comandam os crimes nas ruas", explica Raul Jungmann.

O ministro da Segurança ressaltou que o sistema de segurança máxima federal impede que líderes do crime comandem a violência de dentro dos presídios, o que não ocorre nas demais unidades do sistema prisional. Ele disse também que nos presídios estaduais cerca de 88% dos presos não trabalham para pagar os próprios custos ou para ter renda que os deixem independentes das facções.

Ainda em crítica ao sistema prisional, Jungmann disse que são depósitos de presos e isso precisa ser revisto. Ele criticou a ausência do assunto em planos de governo de presidenciáveis.

"Isso não dá voto. Ninguém gosta de falar sobre o sistema prisional", destaca o ministro.

A penitenciária federal de Brasília é a quinta do país destinada a condenados e presos provisórios ligados à liderança de organizações criminosas ou colaboradores presos e delatores que correm risco de morte em prisões comuns. A unidade inaugurada nesta terça-feira em Brasília tem 208 celas, 52 em cada um dos quatro blocos, com mais de 12 mil metros quadrados de área construída. No local, tudo é monitorado 24 horas por dia pelos agentes de segurança e pelo circuito de câmeras, em tempo real.

Ouça no Repórter Nacional:

- Polícia Federal indicia Michel Temer e mais dez em inquérito sobre Decreto dos Portos;

- TSE mantém João Capiberibe no segundo turno da eleição no Amapá;

- Câmara aprova MPs que criam cargos para Ministério de Segurança Pública e linha de crédito para hospitais filantrópicos;

- Eleições 2018:  Haddad pede que apoiadores não desanimem por causa de pesquisas eleitorais;

- e Bolsonaro declara que, se eleito, sua equipe de governo terá civis e militares.