Na Venezuela, deputados denunciam ataques à caravana com ajuda humanitária

A fronteira da Venezuela com o Brasil segue fechada após anúncio do presidente Nicolás Maduro de bloqueio fronteiriço por tempo indeterminado, a partir dessa quinta-feira (21). Normalmente a fronteira é fechada durante a noite e reaberta pela manhã, o que, dessa vez não ocorreu.

Maduro avalia também o fechamento da fronteira colombiana, onde está a cidade de Cúcuta, que centraliza os repasses de doações para os venezuelanos.

Durante a madrugada, ônibus que seguem para Cúcuta, em busca de ajuda humanitária, foram atacados. A deputada venezuelana Mariella Magallanes denunciou a situação nas redes sociais.

"Tivemos que parar porque o ônibus onde a gente viajava foi atacado com dois objetos contundentes. E a pedra que caiu, caiu diretamente no segundo motorista, que neste momento está ferido e vamos levá-lo a um centro de emergência."

O Brasil anunciou que pretende manter o planejamento de ajuda humanitária à Venezuela, mesmo após o fechamento da fronteira. A estimativa é fazer chegar à região fronteiriça alimentos e remédios neste sábado (23).

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, almoça nesta sexta-feira (22) com o presidente da Colômbia, Iván Duque, e depois seguem para a fronteira entre Colômbia e Venezuela, onde farão uma declaração à imprensa. No sábado, Araújo volta para Roraima, onde acompanha a entrega da ajuda humanitária colocada à disposição dos venezuelanos. Já na segunda-feira, Ernesto Araújo vai à Bogotá, acompanhando o vice-presidente Hamilton Mourão durante a reunião do Grupo de Lima.

Nicolás Madurou convocou para este sábado uma grande mobilização popular em todas as cidades da Venezuela e também na capital, Caracas.

Durante o anúncio do bloqueio, Maduro disse que há uma campanha para desestabilizar seu governo e criticou o esquema para angariar ajuda humanitária. Segundo ele, há um “espetáculo mundial”, utilizando as necessidades da Venezuela para chamar a atenção.

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