MPF afirma que esquema liderado por Temer teria recebido R$ 1,8 bilhão em propina

O ex- presidente Michel Temer foi preso nessa quinta-feira, 21, em São Paulo. Ele chegou a sede da Policia Federal no Rio de Janeiro por volta das 18h45. Temer ficará preso em uma sala especial na Superintendência Regional da Polícia Federal no centro do Rio. 

Inicialmente, o juiz da 7ª Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas, havia determinado que Temer fosse levado para a Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, onde já está preso o ex-governador Luiz Fernando Pezão.

Porém, segundo o MPF, a defesa do ex-presidente argumentou que ele teria, pelo cargo exercido, direito a ser acomodado na PF, nos mesmos moldes em que se encontra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Já o ex-ministro Moreira Franco e o coronel João Baptista Lima Filho devem ir para o Batalhão Especial Prisional, em Niterói.

Segundo o MPF, Temer e Moreira não precisarão passar pelo Instituto Médico Legal (IML) para fazer o exame de corpo de delito, podendo fazer o exame em outro local.

A defesa de Temer ingressou com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), que será examinado pelo desembargador Ivan Athié.

Em nota, o advogado do ex-presidente Eduardo Carnelós afirmou que a prisão foi um dos mais graves atentados ao Estado Democrático de Direito no Brasil.

A nota também disse que a prisão tem como base uma delação premiada feita em 2014, que não ofereceu provas, que falta fundamento para o mandado de prisão e que o ex-presidente está sendo usado como troféu.

Em nota, a defesa de Moreira Franco disse que o decreto de prisão causa estranheza já que a competência de Bretas no processo não teria sido confirmada. A nota também questiona a prisão cautelar para o ex-ministro que teria se colocado à disposição das investigações.

Também foram destaques do Repórter Nacional Edição das 18h, dessa quinta-feira, 21:

- Jair Bolsonaro está no Chile para a Cúpula Presidencial de Integração Sul-Americana;

- Ministro Alexandre de Moraes determina primeiras diligências em inquérito sobre fake news;

- Governo de Roraima publica novo decreto de emergência social por causa da imigração venezuelana.