O Ministério da Economia divulgou um novo balanço sobre impacto fiscal da Reforma da Previdência pelos próximos dez anos. O governo deixaria de pagar com aposentadorias, pensões e benefícios mais de R$ 1,236 trilhão em uma década.
O valor é 6% superior ao cálculo anterior. A diferença entre as estimativas ficou em quase R$ 72 bilhões. As mudanças ocorreram por causa de alterações na LDO, a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2020, e pelo adiamento do início da nova previdência para o próximo ano.
Os dados que embasaram a reforma foram divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Ministério da Economia e trazem o impacto fiscal com a reforma ano a ano. Essa era uma exigência dos parlamentares, que cobravam dados mais detalhados.
Pelos estudos apresentados, 65% da economia que a reforma trará será em cima do Regime Geral dos Trabalhadores da iniciativa privada. Já os servidores públicos civis devem entrar com 18% do ajuste previsto. A redução do BPC, benefício pago a idosos e deficientes de baixa renda que não conseguiram se aposentar, contribui com 2%. Já as mudanças propostas para o abono salarial representam 13% da economia prevista.
O secretário de Previdência, Rogério Marinho, defende que os servidores públicos serão mais impactados.
Apesar do ajuste fiscal na Previdência, os técnicos do ministério reconhecem que não será possível zerar o déficit do INSS só com a reforma, como explicou o secretário adjunto da pasta, Leonardo Rolim.
Leonardo Rolim afirmou que o Ministério da Economia não calculou o valor da transição para o regime de capitalização. O secretário alega que não dá para fazer o cálculo porque o sistema de capitalização ainda vai ser desenhado por meio de uma lei complementar.
Ouça o Repórter Nacional (7h30) desta sexta-feira (26):
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