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Primeira santa nascida no Brasil, Irmã Dulce será canonizada neste domingo no Vaticano

A expressão "anjo bom da Bahia" não é à toa: foi uma vida dedicada aos pobres, doentes e aos socialmente excluídos

Repórter Nacional

No AR em 11/10/2019 - 08:23

Conhecida como “anjo bom da Bahia”, a Irmã Dulce vai ser a primeira santa nascida no Brasil! E as histórias de graças alcançadas não faltam. A canção "Doce Luz" foi feita especialmente para a canonização de Santa Dulce dos Pobres.

Para a baiana e professora aposentada, Miralva Oliveira, é só escutar a música e vem a emoção. Aos 74 anos, ela conta que teve uma graça alcançada por Irmã Dulce, em agosto deste ano, quando já estava internada para retirar uma pedra no sistema urinário. Depois de vários exames que confirmavam o diagnóstico, o cirurgião se viu diante de algo inexplicável.

Miralva mora na cidade de Paramirim, a quase 700 km de Salvador, terra de Irmã Dulce. Foi lá onde nasceu Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, em 1914. 

A cerimônia de canonização de Irmã Dulce já tem data marcada no Vaticano: 13 de outubro, próximo domingo. E vai ser presidida pelo Papa Francisco. No mesmo dia, a homenageada ganha o 1º santuário do mundo, dedicado a ela: a Paróquia e o Santuário Santa Dulce dos Pobres, em Salvador.

“Irmã Dulce era o céu encarnado em uma pessoa”: assim a descreve, o advogado, também de Paramirim, Antônio Gilvandro Neves: com riqueza de detalhes, ele relata os vários encontros que teve com a Irmã Dulce, em Salvador. Com o exemplo e a ajuda de Dulce, Antônio montou, em 1976, a residência dos jovens de Paramirim, que se mudavam para estudar na capital.

Pequenina, com menos de 1,5m  e pouco mais de 40 kg, Irmã Dulce era grande, na boa vontade. O baiano Antônio descreve a nova santa como uma inspiração e exemplo de resiliência para lidar com as adversidades, já que, Dulce era, também, alvo de chacotas e tinha as intenções questionadas.

A expressão "anjo bom da Bahia" não é à toa: foi uma vida dedicada aos pobres, doentes e aos socialmente excluídos. Nos anos 40, a irmã não tinha para onde ir com 70 doentes e conseguiu abrigar as pessoas em um galinheiro, ao lado de um convento de Salvador. Hoje, as obras sociais Irmã Dulce realizam segundo a entidade filantrópica, 3 milhões de procedimentos ambulatoriais, por ano, em todo o estado da Bahia e só faz atendimentos gratuitos, pelo SUS.

Em Salvador, a missa em homenagem à santa Dulce dos pobres vai ser tamanho família: a Arena Fonte Nova será o palco da festividade dos baianos e visitantes, católicos ou não, que vão celebrar, em 20 de outubro, a canonização. Irmã Dulce morreu em 1992, aos 78 anos. 27 anos depois, a Bahia, o Brasil e o mundo ganham uma nova santa.

Ouça o Repórter Nacional (7h) desta sexta-feira (10):

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Criado em 11/10/2019 - 08:42

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