Devido aos constantes atos de violência que vêm acontecendo na comunidade indígena de Belém do Solimões, em Tabatinga, os profissionais da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), que trabalham e vivem na localidade, reclamam da falta de segurança no local.
Manoel Gomes, enfermeiro e coordenador do Pólo-Base da SESAI em Belém do Solimões, relata que em datas festivas aumentam os casos de violência com facas e até mesmo armas de fogo, devido ao grande consumo de álcool.
“Isso acontece por conta da bebida. A bebida alcoólica ainda é o grande problema hoje na área indígena. Sem a bebida, nós passamos por eles tranquilamente, eles não agridem com palavras, não xingam. Mas, quando estão sob efeito de álcool, começam a brigar entre eles”, destacou.
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O enfermeiro ressaltou, ainda, a importância da I Marcha Contra a Violência em Belém do Solimões, que aconteceu na última sexta-feira (12), para tentar diminuir os casos de violência na localidade.
“Conseguimos, com a ajuda do Distrito, realizar esse movimento, que envolveu a Polícia Federal e o Ministério Público. Acreditamos que isso vai ser de grande valia para que possamos minimizar a onda da violência”.
O Ministério Publico Federal (MPF) informou que entrará com um pedido judicial para que as autoridades da área de segurança instalem um posto de policiamento na comunidade. A Polícia Federal (PF) assegurou que vai intensificar as fiscalizações junto às Forças Armadas para diminuir a entrada de bebidas alcoólicas nas comunidades indígenas.
O Repórter Solimões vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 18h45 (horário de Tabatinga), na Rádio Nacional do Alto Solimões (96,1 FM), uma emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).