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Conheça o modelo de sistema prisional em Paracatu-MG

Sem registro de rebelião ou motim nos 10 anos de funcionamento, o novo modelo de gestão prisional tem conseguido cerca de 60% de recuperação dos presos com penas de até 38 anos por homicídio, estupro, tráfico, roubo, estelionato ou associação criminosa

Revista Brasil

No AR em 03/05/2017 - 08:00

O responsável pelo método da Associação de Proteção e Assistência a Condenados (APAC) para recuperandos, Silas Porfírio de Araújo, explica nesta entrevista ao Revista Brasil como conseguiu fazer do Sistema Prisional de Paracatu, em Minas Gerais, um exemplo a ser seguido.

Baseada em três pilares — trabalho, religião e disciplina — na APAC Paracatu, em um prédio moderno construído e mantido pelos próprios presos, sem policiais armados, os detentos são responsáveis pela segurança dos outros detentos e trabalham para garantir renda para ajudar a família ou cobrir pequenas despesas na prisão.

Lá eles trabalham com a punição e reinserção do presidiário, num ambiente onde os policiais não usam armas. A diferença entre o Presídio de Paracatu, que tem o índice de recuperação perto de 85% e outros presídios, é que lá existe a valorização humana, dentro de um rigor muito forte nas regras e deveres da lei da execução. Também é oferecido estudos a todos os detentos no período noturno, até o ensino superior completo.

O custo de um detento em Paracatu nesse novo modelo prisional é de R$ 900,00 por mês, enquanto no Maranhão por exemplo, o custo de um detento sentenciado está avaliado hoje para os cofres públicos em R$ 4.000,00 e para o detento provisório, pouco mais de R$ 3.500,00 por mês.

A entrevista foi concedida nesta quarta-feira (3) no programa Revista Brasil, com apresentação de Valter Lima.

Ouça a entrevista no player acima.

O Revista Brasil vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 6h na Rádio Nacional do Alto Solimões, e às 8h, nas rádios Nacional da Amazônia, Nacional de Brasília e Nacional do Rio de Janeiro.

Criado em 03/05/2017 - 11:36

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