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Pesquisadora critica decisão de juiz sobre homossexualidade

Márcia Badaró comentou a liminar que autoriza o tratamento de pessoas que buscam "reorientação sexual". Desde 1990, a OMS deixou de considerar a homossexualidade como doença

Revista Brasil

No AR em 19/09/2017 - 10:30

A professora de psicologia jurídica da UERJ, Márcia Badaró, falou ao Revista Brasil sobre a liminar do juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, do Distrito Federal, que autoriza que psicológos ofereçam tratamento para "reorientação sexual" e realizem pesquisas sobre a abordagem. Márcia, que também é membro do Conselho Federal de Psicologia (CFP), criticou a decisão e afirma que ela vai contra os direitos humanos e o consenso científico na área. 

Ouça a entrevista completa:

A liminar do juiz não anula os efeitos da resolução 01/99 do CFP, que determina que a homossexualidade não seja tratada como doença, mas permite que seja realizado tratamento com vistas a reorientação sexual. "Na verdade, é uma forma disfarçada de continuar a patologizar a homossexualidade", pontua a psicológa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1990 retirou a homossexualidade da lista de comportamentos considerados doença. O CFP já se manifestou em comunicado afirmando que irá recorrer da decisão liminar do juiz e que "lutará em todas as instâncias possíveis para a manutenção da Resolução 01/99".

O Revista Brasil vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 6h, pela Rádio Nacional do Alto Solimões e às 8h, pelas rádios Nacional da AmazôniaNacional de Brasília e Nacional do Rio de Janeiro.

Criado em 20/09/2017 - 12:07 e atualizado em 20/09/2017 - 12:07 - Episódio Reversão sexual

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