Juiza carioca acredita que Intervenção Federal foi tardia

A intervenção na Segurança Pública no Estado do Rio de Janeiro não vai ser fácil, e era necessária há muito tempo. A afirmação é da juíza aposentada Denise Frossard, especialista em Direito Criminal em entrevista ao Revista Brasil. 

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Ela acredita ainda que o governo do estado perdeu completamente o controle, o que justificaria um intervenção mais ampla. "Eu tenho para mim que a intervenção total seria o melhor, porque o governador perdeu completamente a condição de governar", afirma. "Porém sei das complicações de uma intervenção total também, para o próprio Governo Federal, mas a intervenção parcial, que é a intervenção na segurança pública, é absolutamente necessário e há muito tempo."

Ela também defende que o sucesso da intervenção passa por reequipar e fazer um expurgo nas polícias. "Assim como a criminalidade foi deixada ao Deus dará ao longo desses anos, também ela alcançou algumas partes dessas instituições." Denise entende que a maioria dos policias "é valorosa, e luta com uma dificuldade enorme". "Tem que expurgar o crime que entrou dentro dela, não a própria instituição", conclui.

A magistrada comentou, ainda, a polêmica envolta nos mandados coletivos de busca e apreensão. "Eu tenho algum receio disso, porque o momento da entrada na casa é um momento muito doloroso, um momento em que os criminosos estão infiltrados na comunidade, mas você tem que entrar, porque o povo de lá é refém". Ainda assim ela defende que outras alternativas precisam ser tentadas antes que se chegue a utilizar o instrumento. "Hoje em dia você tem drones, você tem uma série de auxílios e você pode fazer a investigação antes e pedir ao juiz o mandado de busca daquela residência."

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