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Professor analisa crescimento das milícias do Rio de Janeiro

A falta de fiscalização e de repressão do Estado facilitam o o fortalecimento das milícias, especialmente na Zona Oeste do Rio

Revista Brasil

No AR em 09/04/2018 - 12:35

O Revista Brasil desta segunda-feira (09) entrevista o professor José Cláudio Alves de Sousa, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), abordando a ascensão das milícias na Zona Oeste e na Baixada Fluminense Rio de Janeiro.

Operação deflagrada pela Polícia Civil, na sexta-feira (07) contra milicianos, resultou em 142 prisões e quatro mortes, apreensão de 20 fuzis e 27 armas leve. .

Segundo o professor, "as milícias são uma realidade mais profunda e mais complexa do que se vê e para cada miliciano preso, você tem 100 milicianos para entrar no lugar dele”, afirma. Ele explica que as operações não atingem os dois outros braços que fazem parte da milícia, que são os elos econômicos e políticos que integram esses grupos.

José Carlos destaca ainda que não há fiscalização, nem repressão e que o Estado está absolutamente comprometido, o que facilita o crescimento das milícias. "Não digo nunca que é um poder paralelo aqui. Eu sempre digo que o que existe é o próprio Estado. É ele que organiza o crime, ele que faz funcionar, ele que tem seus representantes diretamente ligados ao crime. Não tem nada de paralelo", finaliza o professor. 

O Revista Brasil vai ao ar de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional de Brasília. É transmitida de segunda a sexta-feira, às 8h, na Rádio Nacional da Amazônia e na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. E também, de segunda a sexta-feira, às 6h, na Rádio Nacional do Alto Solimões.

Ouça a entrevista na íntegra no player abaixo:


 

Criado em 09/04/2018 - 12:42

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