Quarenta e quatro cidades de São Paulo têm baixa procura pela vacina contra a poliomielite, apesar do governo ter recomendado que ela seja aplicada em crianças antes da campanha marcada para agosto.
Segundo o infectologista Alberto Chebabo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), muitos pais não se preocupam com esta e outras doenças infantis, devido à desinformação, ou porque consideram que foram erradicadas.
"Na realidade, a gente tem uma baixa cobertura vacinal para a maior parte das vacinas disponíveis. Há uma diminuição na procura da população pelas vacinas de um modo geral. As que preocupam são a gripe, a pólio, sarampo e difiteria, que são doenças que podem voltar devido à baixa cobertura vacinal", explica o especialista.
De acordo com o infectologista, a diminuição da procura pelas vacinas se deve a vários fatores, como diminuição das campanhas, desinformação das pessoas, várias mães e pais que não viram essas doenças porque elas já haviam sido erradicadas e por isso não dão a importância necessária ao combate dessas doenças, além disso existem alguns movimentos antivacinas, que estão crescendo no mundo inteiro, e que não levam em conta que as doenças são muito mais graves do que qualquer efeito adverso.
Ele afirma também que os médicos – especialmente pediatras – devem insistir com os pais sobre a importância de todas as vacinas.
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