Briga entre facções deixa 57 presos mortos no Pará

Uma briga de facções no presídio de Altamira no Pará deixou 57 presos mortos na segunda-feira (29). O governo do estado informou que 16 foram decapitados e 41 afixiados. O Revista Brasil entrevistou o secretário de Segurança Pública do Pará, Ualame Machado, e o professor de Direito Penal Fábio Bechara.

Ualame observou que o episódio é lamentável e exige medidas "enérgicas e urgentes" pela Secretaria.

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Ele explicou que diariamente é feito um trabalho com o serviço de inteligência do estado, mas não há informações específicas dos atos.

“Diariamente nós encontramos túneis, tentativas de introdução de armamentos, ou de outros equipamentos indevidos dentro da penitenciária”, contou.

Ualame acrescentou que não foram utilizadas armas de fogos na briga. De acordo com o secretário, há dois grupos rivais na região. Ele considerou ainda que o número de presos não foi o que causou esse conflito.

Para o professor Fábio Bechara, o problema está ligado à gestão prisional no Brasil.

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“E do ponto de vista da gestão prisional, especificamente dentro do eixo facções criminosas, eu não tenho dúvida que o caminho mais adequado é qualificar e aperfeiçoar os mecanismos de inteligência dentro do sistema penitenciário como um todo”, ressaltou.  

O professor afirmou que o problema da superlotação não é de hoje, mas que este não é o principal fator das violências nas prisões. Segundo ele, a rivalidade das facções transborda os muros dos presídios e o que ocorre dentro é um retrato do que se passa nas ruas.

Produção: Fabiana Pelles e Kátia Lins

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